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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Serra de Montemuro/By Fernando

boas,




já que o rescaldo de santarem tarda, faço o meu da ida a castro daire.



saí das piscinas ás 8h30 e já com um objectivo definido que era chegar ao parque eólico da serra de montemuro. castro daire é de extremos, ou sobe ou desce e para começar nada melhor que 6 ou 7 km de subida para aquecer, estava um dia frio e chuvoso, com uma nebulosa tão intensa que era impossivel perceber o que nos rodeava.



deixei a n 321 e atalhei por uma subida empedrada que me levou a uma pequena aldeia tambem ela maioritáriamente em pedra, chamada vilar. a senhora a quem disse bom dia deve ter pensado, só se fôr para ti. continuei e já no final da aldeia fui recebido por um serra da estrela zeloso que me obrigou ao primeiro sprint da manhã.



deparei com o inicio da serra e com um largo cheio de carros da qual concluí que seriam dos nossos amigos caçadores. a serra do que dava para ver mostrava-se imponente mezclada com vegetação rasteira verde e vermelho tostado e cinzenta das pedras.



iniciei então a aventura pelo trilho que cortava a serra. comecei a avistar as caçadeiras e seus donos e quando não os distinguia os sons dos disparos faziam-me perceber que eram bem mais que aqueles que tinha avistado e fez-me mudar a trajectória para uma aldeia que não vem no mapa e que se chama mola mó. ainda bem pois é daquelas aldeias graniticas com ruas estreitas, animais á solta e respectivos excrementos em que a roda fica atolada, café central que estava fechado e gente idosa e simpática com quem dialoguei um bom bocado.



continuei pela serra mais uns kms, a chuva continuava lenta, basta e molhada, o fumo branco intensificou-se e foi nessa altura que achei melhor inverter o sentido e curtir as descidas até á aldeia de vilar. nessa altura avistei dois bezerros travestidos de serras da estrela em grande correria a tentarem barrar o caminho, um deles a espumar e a mostrar as dentuças afiadas, enganei-me na mudança e só senti o bafo quente na minha perna, gritei-lhes e fiz o segundo sprint da manhã.



já no alcatrão segui na 321 direito a cinfães e depois cortei para o lado de rossão e gralheira, sempre em subida com o monte de um lado e o nevoeiro do outro, tornava-se inglório o esforço e quando estava para desistir eis que surgiu lá no alto as ditas eólicas que estão a 1200 m.



de seguida foi descer até aos 700 m de castro daire e ver a renata a nadar.

Fernando Gonçalves

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